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​O Ministério da Educação, em parceria com a cooperação internacional e instituições privadas nacionais, informa que está a decorrer a apresentação de candidaturas a três prémios de investigação para promover a competição académica e científica em Cabo Verde.

As distinções para investigadores cabo-verdianos do País e da diáspora são: Cabo Verde Global Scientific Prize (GSP) - para projetos de investigação concluídos nos últimos 3 anos; Cabo Verde Prize for Young Scientists (PYS) - para teses de doutoramento de jovens até 35 anos, que tenham sido defendidos nos últimos 3 anos, e Cabo Verde Prize for Girls and Women in ICT (PGW) - para trabalhos de mestrado ou doutoramento de meninas e mulheres nas TIC que tenham sido defendidos nos últimos 3 anos.

A meta é impulsionar a ação da ciência e o impacto do conhecimento científico e tecnológico no país e promover a inserção de Cabo Verde no sistema científico global.

Um outro objetivo é fazer de Cabo Verde uma plataforma de conhecimento, de modo a fomentar a cultura de investigação científica e tecnológica como uma aposta para a inovação, incentivando a competição científica com base em regras transparentes, para privilegiar a excelência na ciência.

A candidatura decorre até ao dia 30 de abril.

Regulamento

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No quadro da extensão universitária, a Universidade de Cabo Verde integra, na qualidade de parceira principal, desde junho de 2020, o projeto denominado Iniciativa Pesca Costeira-Challenge Fund (IPC-CF), liderada pelo Banco Mundial, que inclui quatro países: Cabo Verde, Equador, Indonésia e Peru.

O Concurso de Conhecimento Mundial da Iniciativa de Pesca Costeira do Banco Mundial – Challenge Fund - visa a mobilizar o poder coletivo das comunidades pesqueiras, empresas, investidores, governos e outras partes interessadas no setor de produtos do mar, para desenhar e implementar métodos e mecanismos inovadores que promovam o uso e gestão sustentável das reservas de peixes costeiros, reduzindo a sobrepesca e abordando os problemas dos bens comuns, através de uma melhor coordenação entre os pescadores e uma maior colaboração entre todas as partes interessadas. 

A pesca excessiva está entre os maiores desafios que ameaçam a saúde dos oceanos do mundo, os meios de subsistência de milhões que vivem em comunidades costeiras e as oportunidades de negócios de frutos do mar e indústrias relacionadas. A cada ano, a pesca global perde US$ 83 bilhões em benefícios económicos devido à pesca excessiva (Banco Mundial “The Sunken Billions Revisited”), uma quantia que poderia ser reinvestida produtivamente em pessoas, comunidades e economias. A coordenação limitada entre os pescadores e as partes interessadas em frutos do mar bloqueou o desenvolvimento de soluções viáveis para a sobrepesca, resultando na perda contínua de recursos naturais e benefícios económicos.   

A Universidade de Cabo Verde, enquanto parceira principal do projeto, assume-se como facilitadora nacional de suporte aos promotores interessados em participar neste concurso internacional, através do Centro de Empreendedorismo e Prestação de Serviços.

O concurso está direcionado para as coligações já estabelecidas ou recém-formadas, bem como organizações individuais que procurem parceiros de coligações que trabalhem no setor da pesca costeira ou dos produtos do mar e indústrias relacionadas em Cabo Verde, Equador, Indonésia ou Peru. As coligações devem ser compostas por três ou mais organizações colaboradoras, incluindo pelo menos dois dos seguintes tipos de organizações: associações de pesca ou outras organizações comunitárias costeiras, negócios e organizações sem fins lucrativos. Pelo menos duas das organizações da coligação devem ter operações em andamento num dos países que participam no concurso durante o período de candidatura. 

Todas as coligações interessadas devem preencher e enviar a sua inscrição até o dia 13 de março de 2022, seguindo os critérios de elegibilidade. O prazo foi prorrogado até ao dia 20 de março.

Para saber mais sobre o concurso, incluindo como se inscrever ou se tornar um parceiro, visite solutionstooverfishing.org

 

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A Universidade de Cabo Verde reuniu-se com a empresa PricewaterhouseCoopers (PwC), na passada sexta-feira, dia 24 de fevereiro, na sala de reuniões da Uni-CV pretendendo junto da Universidade reforçar competências através de formação e capacitação dos jovens estudantes. A PwC está presente em Cabo Verde desde 1996, através de um escritório na Cidade da Praia, com atuação nas áreas de auditoria, fiscalidade e consultoria, sendo a única empresa do universo Big 4 com presença em Cabo Verde.

A formação terá uma duração de nove meses com compromisso de empregabilidade total e integral dos formandos que a concluam com sucesso, tendo como principal parceiro o NOSI, contando também com a Universidade de Cabo Verde para a disponibilização de espaços para a realização da formação.

“Acreditarmos fortemente no país e no talento nacional; pretendemos continuar a investir no nosso escritório local, através do reforço de competências do talento nacional. Sabemos que, para isso, é fundamental que haja uma ligação profícua entre a PwC e as universidades, que tanto pode passar por acções de formação junto dos estudantes ou pela capacitação e empregabilidade do talento”, Sublinhou o Presidente José Bizarro.

“O objetivo principal é conseguir alimentar os nossos jovens recém-licenciados e recém-graduados de uma forma prática dentro da rica formação académica para imersão na área tecnológica, e de alguma forma conseguir concretizar o projeto e tornar-lhe realidade”, enfatizou ainda José Bizarro.

A Universidade de Cabo Verde, nas palavras do Magnífico Reitor eleito José Arlindo Barreto, mostrou-se disponível para a montagem do espaço adequado para a formação, tendo toda a abertura para esse tipo de iniciativas porque, desde há muito, tem trabalhado na formação dos professores para o ensino secundário, e com isso está aberto também a outros tipos de formação,nomeadamente nas tecnologias, energias renováveis e fará de tudo para que esse projeto se concretize. 

Depois da reunião, as delegações visitaram os edifícios do Campus de Palmarejo Grande, passando pelo Centro de Convenções, Mediateca e a área de ensino.

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Os funcionários da Universidade de Cabo Verde receberam uma ação de formação intensiva em Primeiros Socorros, de 28 de fevereiro a 4 de março, no Campus de Palmarejo Grande. A formação organizada pelo Gabinete de Saúde da Uni-CV teve como objetivo capacitar os técnicos para atendimento em situações de emergência dentro da Universidade até a chegada da assistência qualificada.

A formação teve uma duração de 25 horas e foi destinada a 10 colaboradores não docentes: alguns funcionários de apoio às aulas, outros que trabalham na residência académica e ainda condutores.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes são eventos não intencionais que podem provocar uma lesão corporal ou perturbação reconhecível, podendo causar sequelas permanentes ou temporárias e até a morte. assim sendo, as técnicas de primeiros socorros são indispensáveis, e fazem a diferença entre a morte e a continuidade da vida. As prestações dos primeiros socorros podem ainda simplesmente prevenir agravos e isso só é possível quando há pessoas treinadas, capazes de conduzir a situação com serenidade e confiança até a chegada de serviço especializado.

O Gabinete de Saúde da Uni-CV é uma unidade elementar na prestação de cuidados de saúde na comunidade académica, incluindo estudantes, funcionários docentes e funcionários não docentes, que conta com equipas multiprofissionais, constituídas principalmente por enfermeiros e docentes da área de saúde. Estes respondem pela prestação de cuidados de saúde personalizados à população inscrita na área de cobertura, garantindo a acessibilidade, a qualidade e a continuidade dos serviços de saúde.

 

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No âmbito da comemoração do dia Internacional da Língua Materna, a Universidade de Cabo Verde foi o palco do II Ciclo de Conferências de Investigação Atual sobre a língua cabo-verdiana, que visa a promover a educação linguística em contextos de contato em Cabo Verde. Entre os dias 21 e 22 de fevereiro, investigadores do grupo disciplinar de Estudos Cabo-verdianos e Portugueses da Uni-CV defenderam a oficialização da língua cabo-verdiana.

A Professora Fátima Fernandes, em representação da Diretora da Cátedra Eugénio Tavares da Língua Portuguesa, defendeu a importância de se organizar eventos desta natureza, no sentido de estar a promover a educação linguística num contexto de contato neste nosso arquipélago.

Para além deste papel representativo, felicitou os organizadores e investigadores pelos seus trabalhos, resultado das suas investigações que fazem uma efetiva promoção da educação linguística em contexto de contato em Cabo Verde. “Estamos a falar de trabalhos de qualidade científica patrimonial que engrandecem com a sua atuação a própria dinâmica investigativa da Universidade de Cabo Verde e que fazem também a defesa do ensino da língua materna como uma interpelação presente a todos os académicos docentes e investigadores professores do ensino básico e secundário aqui presentes e que nos acompanham também em linha e finalmente os políticos, que tomam decisões e que nos apresentam orientações para que esta efetivação se concretize”, afirmou Fátima Fernandes, docente e investigadora da Uni-CV.

A Presidente da Faculdade de Ciências Sociais Humanas e Artes da Uni-CV, Elvira Reis, tomou a palavra para afirmar que estamos, neste momento, com 500 anos de atraso da oficialização do crioulo; daí, apontou, a necessidade de se analisar esse atraso para se poder agilizar este processo de oficialização da língua materna.

“Quanto maior for o aproveitamento dessa capacidade natural que a língua materna oferece, mais facilmente será o desenvolvimento da capacidade social, tendo, no entanto, reconhecido que, analisando a dificuldade dos cabo-verdianos em aprender línguas estrangeiras num país estrangeiro, nota-se a necessidade e responsabilidade do sector da educação em fomentar o processo de ensino de línguas”, avançou Elvira Reis.

A mesma frisa ainda “torna-se necessário um programa de formação de professores voltado para a sensibilização e um desenvolvimento de uma consciência valorizadora e defensora das línguas, independentemente das suas funções e dos seus estatutos”.

De entre outros, foram ainda discutidas “Lingua kabuverdianu na ensinu: un diretu umanu, linguistiku, pulítiku, ikonómiku” por Saidu Bangura; Karina Moreira  apresentou “Idiofoni na língua Kabuverdianu: Marka simantiku y leksikal  di subistratu afrikanu na Santiago ku Fogo” e Eliane Semedo apresentou “Orações adverbiais em cabo-verdiano (variedade de Santiago): um estudo baseado em corpus”.

Esta conferência teve como propósito dar aos participantes um conhecimento geral e funcional das investigações científicas sobre o cabo-verdiano e dos recursos disponíveis em linha para estudantes dessa língua. 

Em representação da Comissão Organizadora do II Ciclo de Conferências, Dominika Swolkien, avaliou positivamente o evento que atingiu mais de 150 pessoas. No seu entender, o II Ciclo de Conferências deixa claro que o grupo disciplinar de Estudos Cabo-verdianos e Portugueses vai trazer mais evento deste género, mais voltados para a formação de professores. Swolkien disse que 90% da investigação sobre a língua cabo-verdiana é feita em inglês, tendo em conta que a maioria dos públicos na investigação da língua crioula, de linguística de contato, é sempre o público estrangeiro, porque há muitos mais centros de investigação fora do que dentro do país. Por isso, sublinhou o quão importante é avançar com o sistema de centros de investigação na Uni-CV. Esses centros serão de extrema importância, pois sem eles não é possível documentar as variantes das ilhas. 

O evento terminou com um workshop sobre “Investigação científica atual e recursos disponíveis para o cabo-verdiano”.

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