Explorar um país e uma cultura diferente é uma experiência enriquecedora para qualquer estudante. Trata-se de uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) recebe anualmente estudantes internacionais em programas de mobilidade de diferentes países. No ano letivo 2021/22 a Uni-CV recebeu vários estudantes de diferentes nacionalidades, como é o caso da Sirael Jamaca, uma jovem mulher da Guiné-Bissau. A estudante do quarto ano fez a mobilidade no curso de licenciatura em estudos Cabo-Verdianos e Portugueses na Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes (FCSHA) da Uni-CV. Jamaca considera duas coisas mais importantes na vida dela: trabalhar e estudar para ser sempre melhor. Enfatiza que “o trabalho faz parte da cultura de um homem, implicando assim na transformação de uma sociedade”. 

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A estudante contou ao Gabinete de Comunicação e Imagem da Uni-CV que tinha várias opções, mas escolheu Cabo Verde porque queria diversificar a cultura, aprofundar mais o seu conhecimento, sendo Cabo Verde um país que acolhe todo o mundo. Sublinhou que há uma semelhança enorme entre a cultura da Guiné e Cabo Verde, e que a questão da língua crioula de Cabo Verde, por ser familiar, facilitou-lhe muito. Acredita que os maiores obstáculos da sua trajetória foram os desafios do ensino primário ao secundário, uma transição marcada por algumas dificuldades de aprendizagem que refletiu muito no ensino superior. Teve alguns desafios na área da tecnologia, pretendendo esforçar-se mais porque acredita que hoje em dia sem tecnologias nada funciona.

Jamaca não tem dúvidas sobre Cabo Verde “se pudesse voltava mil vezes para Cabo Verde”, salienta, realçando que a mobilidade foi muito boa. Em comparação entre os dois países irmãos, a estudante realça que Cabo Verde está muito mais avançado a nível do ensino porque tem professores capacitados, enquanto que, na Guiné-Bissau, apesar de haver professores bons, eles não são tão capacitados. Em Cabo Verde há condições de trabalho que não existem na Guiné Bissau, tem materiais didáticos, por exemplo,enquanto que na Guiné-Bissau há muita limitação desses materiais. A nível da tecnologia, a Guiné-Bissau deixa muito a desejar, tornando-se num problema para um professor do Sec. XXI. Leva da Uni-CV boas recordações: do conhecimento que adquiriu eda sua amizade com amigos, professores e funcionários.  

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 A outra estudante que esteve em mobilidade na Universidade de Cabo Verde foi a Luana Lobo, que veio do Brasil para frequentar o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, na Faculdade de Ciências e Tecnologia. Há quem diga que Cabo Verde é um “Brazilin” e Luana também achou que sim, por constatar que o povo cabo-verdiano consome muita a cultura brasileira e por isso se sentiu em casa. Conhecer a África era o seu sonho de criança, e Cabo Verde para a sua mobilidade foi uma escolha certeira, por ser um país arquipelágico, que apresenta muitos desafios para o curso que escolheu, que é a Biologia Marinha. Luana Lobo disse que espera voltar mais vezes para Cabo Verde.

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Nelson Cumba, da Guiné-Bissau, veio também para frequentar um semestre no curso de licenciatura em  Estudos Cabo-Verdianos e Portugueses da FCSHA da Uni-CV. Escolheu Cabo Verde por ter o mesmo passado histórico e para se aprofundar mais na cultura deste país. Teve uma boa experiência, sentiu-se em casa, devido à forma como os colegas, estudantes e professores lhe acolheram. Ao falar do seu país, afirmou que “o maior fracasso está associado com a falta de materiais didáticos; há uma escassez a nível da educação, devido à falta de políticas educacionais. O estudante acredita que há uma grande relação entre a literatura cabo-verdiana e a guineense, sendo que a maioria dos escritores cabo-verdianos contribuiu para a formação da literatura guineense.

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