jose_arlindo.jpgA Comissão Eleitoral da Universidade de Cabo Verde divulgou no  7 de fevereiro de 2022,  os resultados definitivos das eleições que dão vitória a José Arlindo Barreto.

Segundo o documento, José Arlindo Barreto é o novo Reitor da Universidade de Cabo Verde, tendo obtido 61,10% dos votos. A candidata Maria de Lourdes Gonçalves obteve 24,73%, e o candidato Odair Barros-Varela obteve 14,17% dos votos. 

O Reitor será nomeado pelo membro do Governo que tutela a pasta do ensino superior. A nova equipa reitoral da Universidade de Cabo Verde iniciará as funções no próximo dia 25 de março de 2022, e terá um mandato de quatro anos.

 

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A Universidade de Cabo Verde foi um dos vencedores do concurso internacional com o projeto “Clinical-Pathological Characterization of PALOP`S Cancer – INCUBATOR”, um projeto que tem como objetivo: perceber a incidência do cancro da próstata em Cabo Verde e Moçambique, fazer um estudo biológico, saber qual o subtipo mais frequente daquele que é o cancro que mais mata em Cabo Verde.

Este projeto inclui ainda a criação do laboratório digital “INCUBATOR”, uma plataforma para a publicação de dados e informações para apoio ao diagnóstico do cancro da próstata. O projeto é liderado pela Professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni-CV, Neidy Varela Rodrigues e Mamudo Ismail, numa parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, em Moçambique.

Os projetos, selecionados por um júri internacional, são liderados por investigadores de Angola, Cabo Verde e Moçambique que participaram no curso de Gestão de Ciência, uma iniciativa promovida pelas duas fundações ( que decorreu entre 2018 e 2021 e que envolveu cerca de 50 investigadores nas três edições).

O Instituto Nacional de Investigação em Saúde, através do Centro de Investigação em Saúde de Angola, vai desenvolver o projeto “Helminth infections and allergic respiratory diseases. Does a neglected tropical disease influence a non-communicable disease?”. Este projeto tem como objetivo perceber a ligação entre a doença respiratória alérgica com a presença de helmintos (parasitas intestinais) e o papel que o microbioma intestinal possa ter na asma e no controlo dos helmintos. Este projeto é uma parceria com o Hospital Militar de Luanda e a Escola Superior de Tecnologias da Saúde de Lisboa e é liderado por Jocelyne Vasconcelos e Margarete Arrais.

O Instituto Nacional de Saúde de Moçambique foi outro dos vencedores do concurso com o projeto “Epidemiology and characteristics of SARS-CoV-2 infection among children and their households in Mozambique” liderado por Nilsa de Deus e Osvaldo Inlamea, para os próximos dois anos. O projeto consiste no estudo do SARS-Cov-2 em crianças de três escolas primárias de bairros urbanos, periurbanos e rurais de Maputo. Os investigadores vão analisar a taxa de mortalidade e morbidade nestas faixas etárias, assim como realizar um estudo epidemiológico e um inquérito de seroprevalência que permitirá perceber a exposição ao vírus pelas crianças.

Os três projetos de instituições científicas dos PALOP – nas áreas do microbioma, cancro e COVID-19 –, têm um investimento de cerca de 500 mil euros até 2023 e foram financiados pela Fundação Gulbenkian e pela Fundação “La Caixa”.

A Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação ”La Caixa” têm vindo a desenvolver o programa anual “Curso de Gestão de Ciência” dirigido a investigadores e/ou gestores de instituições de investigação, públicas ou privadas, na área da saúde, nomeadamente diretores científicos, coordenadores e gestores de programas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

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Dando seguimento à aproximação da Universidade de Cabo Verde com o setor da justiça, a Reitora cessante Judite Medina do Nascimento e o Reitor eleito, José Arlindo Barreto receberam, na quinta-feira (27), a Associação Sindical dos Juízes Cabo-verdianos (ASJCV), representada pelo seu Presidente, Evandro Rocha. A agenda do encontro foi uma abordagem e discussão sobre as possíveis áreas de cooperação entre a Uni-CV e a ASJCV.

No encontro, realizado na sala de reuniões do edifício 2 do Campus de Palmarejo Grande, o Presidente da ASJCV falou da possibilidade de o Encontro Anual de Magistrados ser realizado na Uni-CV, em meados de abril. O encontro que se realiza em Cabo Verde, este ano, terá um forte pendor formativo, que contará com o apoio da associação da união de juízes de língua oficial portuguesa.  Foi referido sobre a possibilidade de a Uni-CV vir a ministrar cursos de línguas estrangeiras aos magistrados. O último ponto analisado foi a de formação avançada direcionada para a classe de magistrados. 

A Reitora cessante vê com bons olhos essa aproximação da Associação Sindical dos Juízes Cabo-verdianos. “Onde há associações, bastonários, ordem ou órgão que reúnem especialistas de determinadas áreas, temos tentado fazer a ponte para permitir que os nossos estudantes tenham oportunidades de se prepararem para a inserção no mercado de trabalho e no seio da comunidade profissional”, avança Judite Medina do Nascimento, sublinhando que com a ASJCV não será diferente. 

O Reitor eleito agradeceu o interesse da ASJCV de se associar à Uni-CV para a realização de projetos conjuntos. “Isso é muito bom e precisamos disso. A Universidade é pública, tem que estar ao serviço da nação, temos por dever de ter essa preocupação de dar informações e partilhar de forma clara e responsável”, comentou José Arlindo Barreto.

O encontro contou ainda com a presença da Vice-presidente da ASJCV, Sara Ferreira, da Secretária da ASJCV, Ivanilda Varela, e do Assessor para Relações Internacionais, Cooperação e Mobilidade, Bruniguel Andrade. 

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A Universidade de Cabo Verde e a Universidade de La Laguna anunciaram na terça-feira, (1) uma aliança para promover a Descarbonização Energética, fruto de uma cooperação que iniciou há vários anos entre as duas universidades. A apresentação oficial do Mestrado em Descarbonização Energética busca oferecer competências técnico-profissionais e competências científicas para se gerir todo o processo de transição para um modelo energético sustentável. O Cabildo de Tenerife financia esta pós-graduação com 130.000 euros, divididos em duas anuidades de 65.000 cada. 

No total são 26 estudantes cabo-verdianos inscritos no Mestrado em Descarbonização Energética que iniciam um percurso numa área tão relevante para Cabo Verde e o Mundo. A Reitora cessante da Uni-CV espera que, daqui a 2 anos, saiam 26 técnicos cabo-verdianos capacitados para transformarem o sector de energia renovável a nível avançado. “Sairão daqui pessoas especializadas que poderão ser ativos importantes para o desenvolvimento sustentável a nível do nosso sistema e o cumprimento dos objetivos do plano estratégico nacional de desenvolvimento sustentável de Cabo Verde”. 

Um segundo projeto desenvolvido entre as duas instituições tem a ver com a formação técnica para a montagem de células fotovoltaicas, projeto financiado e apoiado pela Rotary Club de Tenerife.

O CEO da Acção Estrangeira do Cabildo de Tenerife, Liskel Álvarez assegurou que “é uma oferta formativa pioneira em que duas universidades internacionais vão abordar a utilização de energias renováveis na área da Macaronésia, que será útil tanto as Canárias como para o país africano”.

Liskel Álvarez lembrou ainda que Cabo Verde é um dos destinos históricos da cooperação que Tenerife mantém com o continente africano, “ao qual estamos unidos pelo mesmo espaço geográfico e com o qual partilhamos desafios comuns, como as alterações climáticas”. Por isso, “queremos continuar a estreitar os nossos laços, trabalhando de mãos dadas, quer com o Governo cabo-verdiano, quer com a universidade”.

A Vice-reitora para a internacionalização da Universidade de La Laguna, Lydia Cabrera Perez, avançou que a eficiência energética e a transição energética estão nas agendas políticas e económicas de todos os líderes do planeta. Um dos objetivos do desenvolvimento sustentável 2030, especificamente o objetivo número 7, fala de preços acessíveis e energia limpa. Para enfrentar este desafio, Lydia Cabrera Perez disse que “não só precisamos apenas de uma renovação das infraestruturas, mas também precisamos da mão-de-obra qualificada, necessitamos de técnicos preparados no presente e para o futuro.  Por isso, juntaram as três instituições com competências em energia, para promoverem o Mestrado em Descarbonização Energética com vista ao crescimento e fortalecimento conjunto em sustentabilidade ambiental e desenvolvimento humano sustentável.

Por seu lado, tanto a Reitora cessante como o Reitor eleito, José Arlindo Barreto manifestaram enorme satisfação e gratidão à instituição académica de Tenerife pela aliança criada, que resultará não só na formação, mas também no fortalecimento institucional e na ciência, e não hesitaram em considerar que este mestre será uma referência nos países de língua portuguesa.

Duas empresas cabo-verdianas estão envolvidas neste processo, a Cabeólica e o Cermi, e a Uni-CV pretende sensibilizar mais empresas nacionais, da parte das Canárias, o Instituto de Tecnologias Renováveis de Tenerife (Inter), irá acolher os estudantes de Cabo Verde deste mestrado.

Esta oferta formativa, que conta com um total de 28 pessoas inscritas, (26 de Cabo Verde e 2 das Canárias) destina-se a profissionais ativos tanto das Canárias como de Cabo Verde. No entanto, espera atrair estudantes de outros países da área, especialmente de países de língua portuguesa, como Madeira e Açores (Portugal), Guiné Bissau, Moçambique e Angola. 

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Os estudantes do Curso Livre de Espanhol da Universidade de Cabo Verde fizeram um intercâmbio linguístico e cultural com estudantes do Curso de Português para Hispanófonos do Instituto Cervantes de Lisboa, no dia 24 de janeiro, online, através da plataforma Zoom.

Durante o intercâmbio, os estudantes tiveram a oportunidade de melhorar as suas habilidades linguísticas e partilhar a cultura dos seus países (Cabo Verde, Espanha e México) numa tarde muito divertida!

A Leitora do Espanhol na Cidade da Praia, Sara Beatriz González Rivera, destaca a importância do intercâmbio num contexto significativo e de se entrar em contato com a cultura hispânica, ao mesmo tempo que os falantes partilham a sua segunda língua (português) e a sua cultura, com vista a fomentar a interculturalidade entre os estudantes.

“A avaliação é muito positiva. Os alunos praticaram as línguas, partilharam as suas culturas e divertiram-se. No dia seguinte, fizemos uma avaliação na aula e eles disseram o que tinham aprendido da cultura hispânica”, afirmou Sara Beatriz González Rivera. 

No total, participaram nove estudantes no intercâmbio. A leitora avançou que está sendo preparado mais um intercâmbio entre os estudantes do curso livre de Espanhol da Uni-CV e do Instituto Cervantes. 

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