A presidente da direção da FORGES, Margarida Mano visitou a Universidade de Cabo Verde com a finalidade de discutir sobre o planeamento estratégico em tempos de incertezas para a produção dos efeitos eficientes, na decorrência da organização do evento da Forges.
Foram discutidos projetos que podem ser relevantes para o contexto de incertezas causadas pela Covid-19 e a guerra na Ucrânia, que afetam num contexto que gera consequências às instituições de Ensino Superior.
Os projetos mencionados são os que envolvem universidades, e que segundo o reitor da Uni-CV, Arlindo Barreto "com essas ideias e trocas informais, que as coisas vão consolidando, e nasce a possibilidade de as coisas acontecerem”. O reitor e a equipa mostraram a possibilidade da participação em um destes projetos e da disponibilidade de apostar em projetos que podem causar efeitos positivos num contexto de incertezas. Durante o encontro, o reitor ainda afirmou que a preocupação da Universidade é com os estudantes e também com a internacionalização.
A presidente consolidou a reunião com uma reflexão em que deixa claro a importância sobre quais são as variáveis fundamentais em tempo de incertezas.
A reunião aconteceu na secção consular do Polo I da Uni-CV, em que estiveram presentes membros da Equipa Reitoral e docente da Universidade de Brasília, Marcelo Bizerril.
A Escola de Negócios e Governação da Universidade de Cabo Verde, realizou uma aula aberta sobre "Relatório da Política Monetária e a Compilação das Estatísticas Externas", no Campus do Palmarejo Grande.
A aula teve por objetivo dar aos estudantes a oportunidade de conhecerem os dados e entender o funcionamento de alguns conteúdos ligadas à área da Economia e Estatística.
“É sempre um momento ímpar para a nossa aprendizagem” comentou o Presidente da Escola de Negócios e Governação (ENG), Victor Tavares. Este ainda demonstrou a importância da aula, e de como “temas sensíveis” como estes podem ser abordados e entendidos.
A aula foi lecionada pelo docente e Diretor do Departamento de Estudos Económicos e Estatísticos (DEE) do Banco de Cabo Verde, Carlos furtado, que abordou sobre as políticas monetárias e as estatísticas num contexto onde existem várias mudanças sociais e políticas. Para uma compreensão melhor da política monetária interna e externa, o docente Carlos Furtado mostrou dados e conteúdos da estatística interna e externa de Cabo Verde.
A aula foi assistida pelos estudantes principalmente do curso de Economia e Estatística da Uni-CV.
Nestas últimas semanas, o polidesportivo da FaED, no Pólo II, vem recebendo as primeiras Competições Desportivas Universitárias nas modalidades de Voleibol e Basquetebol, organizadas pela Acad Uni-CV.
Com torneios femininos e masculinos, os jogos estão marcados por fortes laços de amizade, fair play e sentimento de pertença.
Neste sentido, a Acad Uni-CV convida a toda comunidade académica a marcar presença e a apoiar os nossos estudantes atletas, celebrando o desporto e a saúde na Uni-CV.
Os jogos das meias-finais e as finais estão marcados para os dias 19 e 20 de novembro, pelas 18h00, no Polidesportivo Oeiras, em Monte Sossego.
Confira o calendário: Basquetebol masculino e Voleibol feminino e masculino
A Universidade de Cabo Verde, na cidade do Mindelo, em comemoração ao seu 16.º aniversário, foi palco de duas aulas magnas distintas, porém "ricas, cheias de histórias, ensinamentos, partilha, metas e ambições" para o futuro da universidade.
Nesta quinta-feira, 17, a Faculdade de Ciências Sociais Humanas e Artes, no Liceu Velho, recebeu Luís Fonseca, um diplomata autodidata, representante permanente junto às Nações Unidas e ex-embaixador de Cabo Verde na Rússia e teve, também, outras muitas funções durante da independência do país.
Ao longo do evento, “Diálogos com memória”, Luís Fonseca partilhou o seu percurso de vida e o seu contributo na luta pela independência de Cabo Verde, enquanto militante do PAIGC. Neste processo, Fonseca foi preso por mais de cinco anos devido aos seus atos revolucionários e nacionalistas, porém afirma que "valeu a pena".
“Apesar disso e de ter sido uma fase difícil para mim e para a minha família eu sinto um grande orgulho, pois para mim isso é a resistência e de maneira nenhuma voltaria atrás”, sublinhou o responsável.
“Diálogos com memória” é um projeto desenvolvido e executado pela Universidade de Cabo Verde já há alguns anos, onde o objetivo passa por criar um diálogo inter-geracional, de modo a construir e enriquecer memórias.
Já na sexta-feira, 18, a Faculdade de Educação e Desporto foi o espaço contemplado com uma conversa aberta, intitulada “Desafios da descentralização na Uni-CV”, que muitos dos presentes definiram como uma “verdadeira aula magna”, presidida por Marina Ramos e Rosa Santiago, docente reformada da Casa e docente da Uni-CV, respetivamente, a conversa gerou uma partilha que deixou claro que, para haver descentralização, ainda "tem muito trabalho a realizar."
“A descentralização no ensino superior implica uma autonomia das estruturas, implica que haja professores que possam dedicar-se a uma vida académica através da investigação e produzir conhecimento e envolver os alunos neste processo. A descentralização implica a organização de projetos cientifico-pedagógicos que possam obter dos serviços desconcentrados o financiamento ou, ao menos, ajuda para conseguir financiamento”, salientou Marina Ramos.
Além disso, a docente reformada da Uni-CV fez questão de sublinhar a importância de uma gestão desprendida de ideologias.
“Havendo ou não descentralização, as universidades têm de estar acima de tudo. Dos partidos políticos, da religião, da economia. Não se pode gerir uma universidade baseando-se ou guiando-se pelas ideologias políticas”.
Como forma de conseguir a tão falada descentralização, Marina Ramos sugere um governo federal.
“Temos de ter em conta que somos um país arquipelágico, com características diferentes, diferenças culturais e deve-se respeitar a diversidade. Por este motivo, o único modelo de governação que poderia dar resultado e provocar uma descentralização de facto e de direito seria a formação de um governo federativo”, prosseguiu.
A conversa aberta contou ainda com a intervenção dos alunos da área da Educação e docentes da Uni-CV.
A diretora do Mestrado em Estatística Médica ressalvou a importância das evidências e da sinceridade dos investigadores nos estudos que envolvem a saúde para evitar o viés de publicação, no seminário “Fontes de viés de publicação sobre medidas e efeitos e a sua significância” no campus do Palmarejo Grande.
Segundo a diretora, o viés de publicação foi definido por Dickersin e Min como uma falha nos resultados de um estudo, ou também como um erro sistemático que leva a um resultado ao invés de outro. Como uma das razões para o viés de publicação foram apontados os erros na coleta de informações e a falta de evidências.
“Pede-se a ciência que partilhe os resultados” afirmou Vera Afreixo, adiantando que todos os investigadores devem ser honestos sobre todo o processo de pesquisa, até das pequenas as grandes mudanças, para não induzir as pessoas em erro.
Segundo a oradora, existem pesquisas que apresentam resultados falsos ou que são controlados por parte dos estudiosos para obter determinados resultados, o que não é uma prática ética e acaba por influenciar na tomada de decisões.
Para melhorar o cenário, a responsável propõe a revisão sistemática, sendo que é um desenho de estudo que cria uma hipótese e busca descobertas de outros autores para analisar. E depois agregar os resultados desses estudos sobre o tema e sintetizar as conclusões, reste processo é denominado Meta análise.
Vera Afreixo é professora auxiliar na Universidade de Aveiro e participante do Centro de Investigação e Desenvolvimento em Matemática.
O seminário contou com a participação dos estudantes de estatística, e das pós-graduações.