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A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), através do Instituto de Língua Francesa, realizou na quinta-feira, 27 de março, um evento especial intitulado "Olhares Cruzados: Percursos Diferentes no Mesmo Espaço". A iniciativa, que marcou o início das comemorações mês da Francofonia, no Dia da Mulher Cabo-verdiana, decorreu no campus do Palmarejo Grande, reunindo docentes, estudantes, representantes da Embaixada de França e membros da comunidade académica.

Na abertura do evento, o Magnífico Reitor da Uni-CV, José Arlindo Barreto, sublinhou a relevância da língua francesa como instrumento de comunicação intercultural e veículo para ideias e debates essenciais sobre a condição humana. Destacou o trabalho desenvolvido pelo Instituto de Língua Francesa e pelos professores, enfatizando a importância de ensinar e aprender com paixão e estratégia. "Aprender uma língua estrangeira exige paixão e astúcia, e o nosso compromisso é transmitir o gosto pela língua francesa," afirmou.

O Reitor aproveitou ainda a ocasião para prestar homenagem às mulheres cabo-verdianas, destacando o seu papel fundamental, frequentemente invisível, na vida familiar e na educação dos filhos. Chamou à atenção para a necessidade urgente de reconhecimento e justiça em relação aos esforços das mulheres, especialmente as que vivem em zonas rurais e enfrentam realidades difíceis. "É preciso sair do nosso meio para compreender a realidade das mulheres que desempenham tarefas essenciais ao funcionamento da sociedade cabo-verdiana," sublinhou.

Representando a Embaixada de França, Rodolfe Barré, realçou a parceria estratégica entre a embaixada e a Uni-CV, destacando que esta colaboração tem permitido a criação de programas de intercâmbio e formações linguísticas altamente enriquecedoras. "A língua francesa é uma ponte entre culturas e nações, facilitando o diálogo, o intercâmbio cultural e o acesso a oportunidades internacionais," declarou. Reforçou ainda o compromisso da embaixada em continuar apoiando a universidade e as novas gerações no domínio da francofonia.

O evento teve também um momento cultural, com a declamação do poema Femme Noire, de Léopold Sédar Senghor, uma homenagem às mulheres africanas realizada por um estudante, criando um momento de emoção e reflexão na sala.

A atividade principal, o painel "Olhares Cruzados: Percursos Diferentes no Mesmo Espaço", reuniu três convidadas que partilharam os seus percursos pessoais e profissionais, numa reflexão aberta sobre desafios comuns e experiências diversas vividas por mulheres cabo-verdianas em diferentes contextos sociais e culturais.

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