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O Instituto de Língua Francesa da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e a Associação dos Professores de Francês (APROF) celebraram, no dia 20 de novembro, a 6.ª edição do Dia Internacional dos Professores de Francês em Cabo Verde, numa cerimónia realizada no Auditório 101 do Campus do Palmarejo Grande. A iniciativa reuniu professores de francês de várias ilhas, estudantes, responsáveis institucionais e parceiros nacionais e internacionais da francofonia.

Na sessão de abertura, o Presidente da APROF e docente da Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes da Uni-CV, Paul Moreno, sublinhou que a presença das entidades e participantes “testemunha a importância atribuída à língua francesa e àqueles que a portam”. Recordou que, há seis anos, a APROF e o Instituto de Língua Francesa assinalam esta data no país e destacou o papel dos docentes: ensinar francês, afirmou, não é apenas transmitir uma ferramenta de trabalho ou um meio de comunicação, mas também “um estado de espírito carregado de valores humanos e uma ambição para si mesmos e para o nosso país”.

Em representação do Ministério da Educação, o Diretor Nacional da Educação, Adriano Moreno, realçou a longa tradição do ensino do francês em Cabo Verde, língua que integra o currículo a partir do 5.º ano de escolaridade. Sublinhou que o francês “não só desenvolve competências linguísticas, como contribui para a formação integral dos alunos”, preparando-os para o diálogo intercultural e para uma cidadania global. Enquadrando o francês no conjunto de línguas estrangeiras prioritárias (francês, inglês, espanhol e mandarim), reafirmou o compromisso da Direção Nacional de Educação em apoiar o ensino do francês em parceria com a Uni-CV, a APROF e os parceiros internacionais.

A Pró-Reitora para a Extensão, Políticas Estudantis e Ação Social da Uni-CV, Fátima Fernandes, saudou a APROF e os docentes presentes, sublinhando que o francês, para Cabo Verde, “não é apenas uma disciplina escolar, mas uma janela para o mundo, uma ferramenta preciosa para a integração regional, o turismo e o acesso a um vasto espaço económico, cultural e diplomático”. Referindo-se ao tema da edição, “Cantar, jogar em francês”, enfatizou a importância de metodologias dinâmicas e criativas no ensino de línguas e evocou o poema “Liberté”, de Paul Éluard, para ilustrar o papel dos professores de francês na escrita da palavra “Liberdade” nos cadernos da juventude cabo-verdiana.

Em nome da Organização Internacional da Francofonia (OIF), Passassim ATADE NANGUIT transmitiu as saudações da Secretária-Geral, Louise Mushikiwabo, e qualificou os docentes como “artesãos da descoberta e da aprendizagem da língua francesa”. Sublinhou que os professores são “transmissores de palavras e de valores” e que “o futuro da língua francesa está nas vossas mãos”, reiterando o compromisso da OIF em apoiar o ensino do francês em Cabo Verde e em reforçar os recursos disponíveis para os docentes.

A Embaixadora de França em Cabo Verde, Catherine Mancip, destacou, por sua vez, a dimensão estratégica do francês no quadro do multilinguismo cabo-verdiano, apontando-o como “língua da liberdade e do espírito crítico” e um ativo geopolítico para o país. Recordou as ações de formação contínua já desenvolvidas, nomeadamente na área do turismo, e anunciou o reforço de oportunidades de estágio e aperfeiçoamento em França para professores de francês, bem como a criação futura de um centro de línguas, no quadro de um acordo intergovernamental recentemente assinado com o Governo de Cabo Verde.

Um dos momentos centrais da cerimónia foi a apresentação dos resultados do concurso nacional de produção de vídeo pedagógico em francês língua estrangeira, promovido pela APROF. O 1.º prémio foi atribuído ao professor Elvis Cortes, com um vídeo curto destinado a alunos de nível A1, centrado na apresentação e descrição de pessoas em contexto escolar. O 2.º prémio distinguiu a professora Marie-Hélène Russan, da ilha de São Vicente, com um vídeo sobre o uso de drogas e as suas consequências, e o 3.º prémio foi atribuído ao professor Mamou Diawara, de Santa Catarina, por um vídeo baseado numa entrevista, em sala de aula, com um artista francófono convidado.

Os prémios - um computador portátil para o vencedor e telemóveis para o 2.º e 3.º classificados - foram entregues simbolicamente a representantes dos docentes ausentes, após a projeção de excertos dos três vídeos. No encerramento, a organização apelou a uma participação ainda mais alargada nas próximas edições, desafiando os professores a integrarem, de forma criativa, os recursos multimédia e o vídeo nas suas práticas pedagógicas em francês.

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