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A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) foi palco, nesta quinta-feira, 23 de janeiro, de um debate intitulado “Transformação Digital do Sistema Financeiro e as Moedas Digitais dos Bancos Centrais”, que reuniu especialistas, autoridades financeiras e académicos para refletir sobre o impacto das tecnologias emergentes no setor financeiro e o papel crescente das moedas digitais emitidas pelos bancos centrais (CBDCs).

Na sessão de boas-vindas, a Presidente da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Uni-CV, Maria dos Anjos Lopes, destacou a relevância da transformação digital na redefinição dos processos de negócio das organizações e na forma como gerimos recursos fundamentais, como o dinheiro. Sublinhou, ainda, os desafios introduzidos por tecnologias como blockchain e inteligência artificial, observando que a digitalização impõe “a necessidade de inovar e reestruturar modelos regulatórios, económicos e sociais”. Para Cabo Verde, a adoção de sistemas financeiros digitais representa tanto riscos como oportunidades, sobretudo em termos de inclusão das populações mais vulneráveis.

O evento foi presidido pelo Pró-Reitor para as Áreas de Tecnologia, Inovação e Dados da Uni-CV, Celestino Barros, que reforçou a importância de abordar os desafios ligados às CBDCs, desde as questões de segurança até à inclusão financeira e à regulamentação. Segundo frisou, a estratégia de digitalização deve ser acompanhada por mecanismos de segurança robustos, transparência e compromisso com a equidade, de forma a garantir que o progresso tecnológico beneficie toda a sociedade.

Em representação do Banco de Cabo Verde (BCV), Carlos Luz evidenciou a prioridade dada à digitalização do sistema de pagamentos, incluindo projetos de pagamento instantâneo e a potencial emissão de moeda digital. Salientou que estas iniciativas podem contribuir para modernizar a economia cabo-verdiana, simplificar transações e promover a inclusão financeira, recorrendo a ferramentas tecnológicas como blockchain e contratos inteligentes.

Para aprofundar o debate, houve apresentações em plenária e trabalhos em grupo, onde se discutiram temas como as vantagens e desvantagens das criptomoedas, a volatilidade e os desafios regulatórios, bem como as oportunidades trazidas pelas moedas digitais dos bancos centrais. O encontro, que seguiu uma abordagem de grupo focal para estimular a participação ativa de todos os intervenientes, reuniu representantes de instituições governamentais, bancos centrais, instituições financeiras, empresas de tecnologia, bem como investigadores e estudantes.

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