O Fórum "Desafios da Preservação do Património e Desenvolvimento do Turismo Cultural", foi realizado pela Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes (FCSHA) da Uni-CV e a Fundação Amílcar Cabral, em parceira com a Fundação Lelio e Lisli Basso. O ato aconteceu esta sexta-feira, dia 3 de novembro, no auditório do Campus do Palmarejo.
A sessão solene de abertura do Fórum, contou com e intervenção da Presidente da FCSHA, Professora Doutora Cristina Ferreira, do Senhor Chefe de Cooperação da União Europeia em Cabo Verde, Dr. Jose-Roman Lora e do Administrador da Fundação Amílcar Cabral, Dr. Carlos Reis.
A Presidente da FCSHA reiterou a importância deste Fórum para a faculdade, mas também para as cidades de Cabo Verde, e realçou que o destino de Cabo Verde não pode ser só sol e praia.
“Esta atividade que ocorre nas vésperas da comemoração do 11º aniversário da Universidade de Cabo Verde, que se celebra no dia 21 de novembro, constitui uma demonstração do quão importante é para esta faculdade e para as cidades de Cabo Verde para a articulação, interação com a sociedade civil no desenvolvimento de projetos de valorização e preservação do património social, cultural e ambiental de Cabo Verde “.
“Este fórum constitui a primeira etapa na cadeia de processos formativos que é o diagnóstico de necessidades de formação sobre a salvaguarda do património nacional”, frisou.
“Concordo com aqueles que dizem que o destino de Cabo Verde não pode ser só sol e praia; é necessário promover Cabo Verde como um país de cultura rica e diversificada de património material e imaterial” apontou.
O Administrador da Fundação Amílcar Cabral afirmou que a preservação do património e a realização de políticas públicas para um turismo sustentável e solidário só se pode alimentar e frutificar com a formação, educação e a formação especializada.
O Chefe da Cooperação da União Europeia em Cabo Verde também reforçou que o turismo não pode ser somente sol e praia. Avançou que Cabo Verde tem muito que mostrar ao resto do mundo, tem muito a ser valorizado.
No mesmo âmbito, teve ainda lugar a apresentação de dois painéis. No 1º painel foram debatidos os seguintes temas: “Políticas públicas de salvaguarda do património cultural em Cabo Verde. O papel da educação patrimonial”, “As cidades e o desenvolvimento do turismo cultural – do ordenamento, gestão do território e salvaguarda do património natural e cultural” e “A Gestão das Áreas protegidas e o desenvolvimento do turismo – lições aprendidas e perspetivas futuras”.
Temas como “O turismo cultural como fator de desenvolvimento local. Subsídios para uma política de formação”, “A economia solidária do setor do turismo. A experiência de Cidade Velha” e “Por um turismo de base comunitária; experiências de cooperação na bacia do Mediterrâneo” foram debatidos no 2º painel.
O docente da Uni-CV, Professor Doutor Lourenço Gomes, sublinhou que a academia poderá dar o seu contributo em prol do desenvolvimento da nossa cultura e do património.
“A academia poderá fazer alguma coisa em prol da valorização da nossa cultura, do nosso património, sempre com a perspetiva de que o que Cabo Verde tem para oferecer não se centre apenas no turismo sol e praia. Pode-se aproveitar, numa perspetiva de desenvolvimento, o turismo de cultura, o turismo de história onde se pode também tirar algum proveito económico do tipo de oferta que temos aqui em Cabo Verde”, acrescentou.
“Cabo Verde é um país muito voltado para o turismo e este apresenta-se como um dos setores que mais cresce no panorama económico cabo-verdiano e, por isso, um Fórum com esta natureza tem o seu valor e tem pertinência”, concluiu.
Participaram no encontro atores com responsabilidades na gestão do território, implementação das políticas de salvaguarda e proteção do património cultural e do sector do turismo, instituições da administração pública central e local e representantes de organizações da sociedade civil, setor privado, entre outros.