O professor e investigador, Manuel Leão Lopes, defendeu a adoção de um novo modelo de gestão de áreas protegidas durante a palestra inaugural da abertura do Mestrado em Gestão e Políticas Ambientais, sob o lema “Eficácia de Gestão de Áreas Protegidas de Cabo Verde: o caso dos Parques Naturais das zonas de altitude”, na segunda-feira, dia 18 de janeiro, no auditório da Escola de Negócios e Governação.
“A adoção de um novo modelo de gestão de áreas protegidas passa pela criação de um serviço na dependência direta do Ministério que tutela as áreas protegidas. Para isso, está em curso um estudo de uma consultora internacional para a definição de modelo de gestão, visto que o modelo atual há muita deficiência”.
Considerando a amplitude do universo de áreas protegidas, o investigador debruçou-se apenas sobre oito delas neste estudo; no entanto, recomendou que nas investigações futuras, esta metodologia seja aplicada às 46 áreas protegidas da rede nacional.
Estas recomendações saíram da tese do doutoramento do professor, defendida no mês de julho de 2020. O investigador, durante a sua intervenção, debruçou-se ainda sobre o contexto, a metodologia, a caraterização de área de estudo, os resultados, e as conclusões sobre a eficácia de gestão de áreas protegidas de Cabo Verde, no caso dos parques naturais das zonas de altitude.
As áreas protegidas apresentadas pelo Manuel Leão Lopes são: os parques naturais de Serra Malagueta e do Pico d’Antónia na ilha de Santiago, o parque natural do Fogo, o parque natural de Monte Gordo em São Nicolau, os parques naturais de Cova Morouço e Topo de Coroa, em Santo Antão, e o parque natural de Monte Verde em São Vicente.
Manuel Leão Lopes é licenciado em Floricultura, mestre em Gestão e Auditoria Ambiental e em Engenharia e Tecnologia Ambiental, e doutorado em Gestão Políticas Ambientais. Tem uma vasta experiência profissional: já desempenhou vários cargos na área ambiental, por exemplo na elaboração de estudos de impactos ambientais e diversos domínios. Foi Coordenador Nacional do projeto de consolidação do sistema nacional de áreas protegidas de Cabo Verde; Diretor Nacional dos Serviços de Silvicultura nos anos 1990; Secretário Executivo para o Ambiente; e Diretor Geral do ambiente. Está aposentado desde 2019.