A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) realizou, no dia 23 de fevereiro, a 1.ª edição do Workshop "Comunicar Ciência: Desafios e Oportunidades", assumindo o seu papel no ensino e divulgação científica. O evento foi presidido pelo reitor, José Arlindo Barreto, que reforçou a necessidade de comunicar efetivamente a ciência, de a tornar acessível e desmistificá-la – explicar de uma forma que conceitos complexos passem a ser compreensíveis para o público em geral. 

O evento contou com especialistas nacional e internacional, como o Prof. João Paiva, da Universidade do Porto, que abordou o tema “Ensino e Divulgação da Química: desafios e oportunidades”. O mesmo defendeu a necessidade de tornar a ciência menos intimidante, promovendo uma maior interação e diálogo entre professores e alunos.  Partilhou ainda as estratégias para ultrapassar obstáculos no ensino, como o uso de simulações computacionais e aplicação prática dos conceitos químicos, para além de discutir como é possível inverter a perceção negativa da química. 

Por sua vez, a Prof.ª Astrigilda Silveira, diretora do Instituto GeoGebra da Uni-CV focou a sua apresentação em “GeoGebra e Educação STEAM: Inovação Pedagógica em Favor da Aprendizagem Significativa das Ciências”, realçando o papel das tecnologias digitais, em particular, do software GeoGebra na promoção de uma aprendizagem significativa e interdisciplinar.  A mesma partilhou como o GeoGebra pode facilitar a compreensão de conceitos matemáticos e científicos, através de representações dinâmicas. No decorrer da sua apresentação abordou as experiências em projetos em Cabo Verde e Moçambique que demonstraram como essa ferramenta permitiu melhorar o ensino e aprendizagem. Ambos defenderam uma educação que não só transmite o conteúdo, mas também promove a criatividade, inovação e pensamento crítico. 

O workshop foi apresentado em um modelo híbrido, focado no ensino e na divulgação da Química. Promovido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni-CV através do seu Grupo Disciplinar de Química/Engenharia Química e Alimentar, com o apoio do Ministério da Educação, teve como objetivo simplificar a linguagem científica, mantendo, todavia, o rigor, para tornar os conteúdos acessíveis a todos.