Uma equipa formada por 5 estudantes da Universidade de Cabo Verde e da Universidade Jean Piaget ganhou o concurso “Labirinto do Género” organizado pela Comissão Nacional da UNESCO. Este concurso foi lançado em agosto de 2020 com o objetivo de tratar de forma criativa e original a problemática do género, e o projeto vencedor recebeu um prémio de 45.000 escudos para o seu financiamento.
Cada equipa devia ser composta por um máximo de 5 membros, de género e áreas de formação diferentes (com pelo menos um da área de arquitetura), e devia conceber um projeto de labirinto de 10m2 de área e 2 metros de altura, que incluía uma reflexão artística em torno das temáticas ligadas ao género (família, trabalho, violências domésticas, participação cívica e política, acesso à educação, sexualidade, etc.).
A equipa vencedora é composta por dois estudantes da Uni-CV (Paulo Duarte, licenciatura em Tecnologias, Multimédia e Comunicação, e Jacira Gonçalves, licenciatura em Relações Públicas e Secretariado Executivo) e três estudantes da Universidade Jean Piaget (Hamilton Correia, licenciatura em Arquitetura, Leida Monteiro, licenciatura em Engenharia Civil, e Igor Monteiro, Licenciatura em Engenharia Civil). Segundo o Paulo Duarte, “nem todos os membros do grupo se conheciam entre si, e este concurso foi então uma chance também de estender os laços de amizade”.
O projeto vencedor foi chamado “Labirinto da Liberdade” e consiste num labirinto construído com paletes e barrotes de madeira, divido em duas metades: uma dedicada às mulheres e raparigas, outra aos homens e rapazes. Se bem a estrutura do percurso é igual em ambas as partes, idealizando o conceito de igualdade de género, os visitantes recebem ao longo do percurso várias informações que mostram que a realidade é muitas vezes diferente.
O labirinto foi inaugurado na Praça Alexandre Albuquerque do Plateau no dia 9 de dezembro, pelo Presidente da CNU e Ministro da Cultura, Abraão Vicente e pela Secretaria Executiva da CNU, Carla Palavra. Segundo o Paulo Duarte, pode ser visitado de forma aberta por todas as faixas etárias até o dia 21 de dezembro.
O Paulo Duarte ainda realçou que “a experiência foi magnifica” e que se bem sabem que “o projeto não vai resolver os problemas da (des)igualdade de género, pelo menos leva o assunto para a discussão, pois o problema merece a nossa atenção”.