CING visa ser referência na produção de conhecimento científico para apoiar as políticas públicas no país.

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O lançamento do novo Centro de Investigação em Negócio e Governação (CING) assinala o "lançamento da primeira pedra de mais um piso", alicerçado no histórico de capacitação da instituição. A declaração é da Pró-Reitora Sónia Semedo, que presidiu ao lançamento oficial do centro pela Escola de Negócio e Governação (ENG) da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), na passada sexta-feira, 31 de outubro, no Auditório 102 do Campus do Palmarejo Grande.

A conferência de lançamento formaliza um novo polo de investigação na Uni-CV, alinhado com a política de desenvolvimento do ecossistema científico da universidade. A Pró-Reitora para a Investigação e Formação Avançada, Sónia Semedo, destacou que o CING se integra num ecossistema que conta agora com dez centros de investigação ativos na Uni-CV.

Segundo a Pró-Reitora, o novo centro já é composto por 25 membros e regista 81 publicações. Sónia Semedo sublinhou a importância de "alinhar a nossa investigação com os nossos problemas locais" para produzir "conhecimento científico útil para a sociedade em geral e que pode contribuir para a mudança de políticas públicas".

O Diretor do CING, António Batista, detalhou a missão da nova estrutura: "contribuir, através da realização e disseminação de resultados de estudos e investigação, para o progresso científico, tecnológico e desenvolvimento sustentável do país".

Batista destacou que o CING materializa o objetivo da Uni-CV de reforçar os seus três pilares (ensino, extensão e investigação) e aspira a ser "o melhor centro de investigação" em Cabo Verde nas suas áreas de domínio, com relevância em África e no panorama internacional.

Segundo o diretor, o CING irá focar-se na produção de "conhecimento endógeno" para apoiar a tomada de decisão governamental. "Sem conhecimento, as decisões podem não ter eficácia. Queremos fornecer o elemento que falta ao nosso governo: que as decisões tomadas sejam baseadas no conhecimento científico", afirmou.

Estrutura e Foco O CING, que ficará sediado no edifício sete (sala 106) do campus, articulará a sua atividade em três linhas de investigação principais: Economia, Competitividade e Desenvolvimento; Governança, Políticas Públicas e Desenvolvimento; e Empreendedorismo e Desenvolvimento de Negócios.

O Professor António Batista detalhou que estas linhas serão organizadas em unidades provisórias, incluindo Métodos Quantitativos Aplicados, Governança e Desenvolvimento de Empreendedores, e Economia Circular.

Um dos projetos destacados é a criação de um Observatório, que visa "transformar dados em informação" e "informações em conhecimento". O objetivo é analisar dados de fontes oficiais, como o Instituto Nacional de Estatística (INE) ou o Banco de Cabo Verde, para gerar indicadores relevantes — como o custo de vida ou índices de desenvolvimento municipal — que sirvam de "subsídio para políticas públicas".

Envolvimento dos Estudantes e Contexto Um dos eixos centrais do novo centro será o envolvimento discente. António Batista anunciou o "Programa de Iniciação Científica Tutelada", destinado a alunos a partir do terceiro ano de licenciatura, com o objetivo de "motivar o interesse pela investigação" e "promover a cultura científica".

A Pró-Reitora Sónia Semedo reforçou este ponto, indicando que o CING irá desenvolver a primeira proposta deste programa para posterior validação e replicação noutros centros. Sónia Semedo lançou um "desafio a todos os estudantes para se aproximarem do centro" e alinharem os seus trabalhos finais de curso com as linhas de investigação.

Relativamente ao financiamento, a Pró-Reitora incentivou os investigadores seniores a procurar fundos externos, enquanto a universidade se focará em garantir bolsas de iniciação científica para estudantes.

O Presidente da ENG, Edmir Ferreira, enquadrou o lançamento do CING na trajetória histórica da unidade orgânica. Ferreira recordou que a génese da ENG remonta a 1978, com a criação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento Administrativo (CENFA). Esta instituição evoluiu para o Instituto Nacional de Administração (INAG) em 1998, o qual, segundo Edmir Ferreira, "já tinha a atribuição da pesquisa", e foi integrada na Uni-CV em 2008, dando origem à ENG.

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