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O docente da Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes da Uni-CV, Vladimiro Furtado, em colaboração com a estudante do Mestrado em Integração Regional Africana (MIRA), Sara Almeida, publica recentemente o trabalho de investigação intitulado Volume IV dos “Ensaios Interdisciplinares em Humanidades” (2019), fruto de inúmeras parcerias firmadas pelo Mestrado Interdisciplinar em Humanidades (MIH), do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Humanidades (POSIH). 

A obra consagra-se como uma importante referência para os estudos interdisciplinares, e consolida a parceria do MIH-Unilab com programas de pós-graduações nacionais e internacionais, foi elaborado em conjunto com a jornalista mestranda em Integração Regional Africana pela Universidade de Cabo Verde Sara Almeida, no âmbito do MIRA. 

Resumo:

África tem sido apontada como um continente subdesenvolvido, onde os paradigmas teóricos de desenvolvimento formulados e aplicados em outras latitudes, não têm encontrado a mesma correspondência empírica dos países desenvolvidos. docente_estudante.jpgAssim, este artigo procura estabelecer uma perspetiva histórica do conceito de desenvolvimento e das relações estabelecidas com a comunicação social e governação dentro do quadro temporal que vai das independências africanas ao século XXI. Embora os conceitos de desenvolvimento, media e governação multinível sejam fenómenos inseridos num contexto de teorias formuladas a nível mundial, eles não deixam de assumir especificidades e características próprias quando se quer aplicá-los ao campo especificamente africano. Nele, salta-nos à vista dois períodos principais e diametralmente opostos quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista sociocultural: os primeiros 20 ou 30 anos da Pós-Independência dos países africanos (nos quais emerge também a ideia de integração africana) e as mudanças de paradigma e abertura política verificadas a partir dos anos 90 do século passado. A evolução dos dois paradigmas: - o da comunicação e o do desenvolvimento -, que passam a colocar as pessoas no centro, de um lado, e a fornecê-las “vez” e “voz”, de outro, funde-se e mostra uma reciprocidade entre a evolução dos próprios conceitos e a evolução das formas de governação. Todavia, no caso da África Ocidental, constatamos que em muitos países dessa sub-região, as evidências teóricas de convergência entre esses paradigmas verificadas em nível mundial não têm encontrado a mesma correspondência empírica o que sugere que na maioria dos casos africanos esses paradigmas seguem trajetórias opostas.

 

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