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A Escola de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade de Cabo Verde (ECAA - Uni-CV) realizou um atelier de validação final do estudo sobre o conhecimento local e a prática de pastoreio no contexto de mudanças climáticas nas ilhas de Santiago e Maio em Cabo Verde.

Organizado em 10 capítulos, o estudo tem como objetivo mapear e analisar o conhecimento local na área do pastoreio e a sua contribuição na perceção da vulnerabilidade e adaptação às mudanças climáticas em Cabo Verde.

O estudo recomenda: i) mapear e valorizar o conhecimento local enquanto recurso fundamental para eficácia das políticas agropecuárias no meio rural; ii) fomentar projetos que visam a criação de bancos de proteínas através de espécies forrageiros adaptadas às condições climáticas com recurso a práticas tradicionais; iii) e sensibilizar o grupo agro-postoril para adequação dos efetivos pecuários aos recursos forrageiros do país, incluindo a introdução de espécies mais resistentes à seca, mas que garantem a produtividade de leite e carne; iv) garantir a assistência técnica nas áreas de gestão da água, conservação do pasto e saúde animal, áreas eleitas como prioridade pelos grupos deste estudo; v) incentivar a criação de organizações de criadores locais de forma a dar voz e vez à classe através de uma estrutura única-colegial; vi) reativar os furos nas zonas de pastagens e de produção agrícola bem como o fomento da construção de reservatórios para conservação de água e manutenção dos bebedoiros locais; vii) promover ações de mitigação das atividades agro-postoris rurais e adaptação das práticas de pastoreio livre às mudanças climáticas; e viii) definir zonas de pastoreio rotativo são outras recomendações.

O estudo mostra que as condições geoclimáticas em que o arquipélago de Cabo Verde foi encontrado (desde 1460/62) sempre impuseram dificuldades àqueles que queriam ali viver. A história regista essas dificuldades de adaptação humana, animal e vegetal sobretudo para aqueles que vinham da Europa. O recurso às gentes, animais e plantas de outros continentes, em particular das Américas e da África, foi fundamental para a permanência e povoamento das ilhas. 

O estudo, solicitado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, foi apresentado pela investigadora e docente da Escola de Ciências Agrárias e Ambientais, Maria de Lourdes Gonçalves, no dia 13 de dezembro, no auditório da Escola de Negócios e Governação. 

 

Apresentação dos resultados do estudo

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